quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

a ordem é matar

Israel está determinado a varrer o grupo palestino Hamas para fora deste Planeta, o que significa, na prática, matar seus líderes e, se possível, a maioria de seus integrantes.

A macraba notícia foi dada agora há pouco pelo UOL, via Agência EFE.

Vou transcrever uns trechos:


A ministra de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni, disse hoje ao presidente da França, Nicolas Sarkozy, que ainda não é hora de frear a atual ofensiva de seu país na Faixa de Gaza e que os bombardeios continuarão...
(...)
Em um tom contundente, Livni explicou que a decisão de frear a operação militar será tomada com base nas "avaliações cotidianas" que Israel realiza e quando essas análises deixarem claro que o Hamas compreendeu que não pode continuar agindo como faz atualmente.
Até então, não haverá mudanças nem em nível militar nem em nível humanitário, porque, segundo a ministra, a situação humanitária em Gaza é "como tem que ser".
(...)
Livni foi a Paris explicar pessoalmente a Sarkozy as razões pelas quais seu Governo descartou a proposta da União Européia (UE) de um cessar-fogo e de uma trégua humanitária.

Quem é Tzipi Livni?
A dona desse sibilino nome é uma bonita quarentona loira, amiga de Condolezza Rice, ministra das relações exteriores de Israel e já serviu no Serviço Secreto Israelense. Dá curiosidade saber qual era a função da loira bonita nos serviços de espionagem de Israel. Seja lá qual for, ela deve ter desempenhado bem o seu papel, pois senão não estaria agora no papel de ministra de Estado(uma vez ligado ao serviço secreto, sempre ligado, até a morte e depois dela).
Hoje, seu papel no massacre contra Gaza é o de representar o Gabinete de Guerra montado em Israel para a mídia internacional e fazer as relações públicas com os governos estrangeiros.

* * *

Hoje um amigo me perguntou porque me solidarizo tanto com a causa palestina, já que massacres como o que agora está ocorrendo em Gaza, sob o patrocínio de grandes Estados, já ocorreu também no Iraque, no Irã, em Grosni, Hiroshima, em quase todo o Vietnan, Coréia... a lista é enorme.
A carnificina humana é uma longa história de horror a se estender pelos séculos, desde o homem primitivo das cavernas até esta besta fera tecnológica em que nos transformamos.
Sou contra as guerras, como a maioria das pessoas de bom senso neste mundo também são.
E acho que isso nem precisa de muita discussão, pois Paz é (ou deveria ser) o objetivo de todos os seres humanos.
Mas não é assim.
Embora a psicologia possa dizer que a guerra seja a expressão social dos nossos impulsos mais odiosos, a guerra, atualmente, mais do que a expressão das tendências agressivas dos indivíduos e seus grupos, ela é hoje uma economia, um trabalho, ou para ser mais preciso e direto: um negócio.
A guerra, paradoxalmente, cria riquezas.
Claro, riquezas para uns, desgraças para outros.
Mas isso não importa, pois aos beneficiários da guerra não preocupa a questão da legalidade e eticidade da riqueza assim obtida. Lei? ética? Oras... na guerra?

Ah, sim!
Porque tenho uma empatia maior com os palestinos: meu avô materno, Bechara Adas, era palestino e já falei dele aqui.

Conheça: o blog Dissidente - x contém muita informação crítica sobre o atual sistema financeiro internacional (norte-americano em particular), paciente e didaticamente discutida pelo autor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Homenagem à "Graúna", do Henfil

No final da década de 1970, eu era apenas um adolescente curioso quando, por acaso, frequentando a banca de jornais da rodoviária de Itapeti...