Dia 27 de dezembro de 2007, nos últimos dias do "ano velho", foi a vez do prefeito Roberto Ramalho Tavares aparecer na mídia de Itapetininga, em longa entrevista dada aos jornalistas Guilherme Hungria e Orestes, durante o programa Telescópio.
Isso não poderia deixar de ter sido no Telescópio do Guilherme Hungria - q considero o espaço mais descompromissado, democrático e acolhedor da mídia local.
Foi minha mãe quem ligou avisando: "liga a tv que o teu irmão tá dando entrevista para o Guilherme". Eu estava ainda em plena reforma na casa, os móveis todos fora de lugar, incluindo o rack da tv. Os três pedreiros que estavam trabalhando na colocação do piso na cozinha e na sala, acabaram assistindo parte da entrevista. O Rui chegou bem na hora, e acabamos assistindo juntos, sentados no chão. Claro, não deu para prestar muita atenção á entrevista, em vista do contexto da reforma q descrevi.
Na verdade, acabei assistindo somente as últimas partes, incluindo a pergunta que o Orestes fez ao Roberto, sobre "se ele concordaria ou não com as críticas que o Fausto Ramalho, seu irmão, fez em relação à mídia e seus profissionais de Itapetininga - aliás, essa foi uma das últimas perguntas da entrevista.
Aliás, foi visível que a entrevista, bastante longa, acho que de 3 horas, deixou o Roberto cansado ao final - um possível sinal da tensão que deveria estar subjacente ali na situação. Afinal, foi a primeira aparição do Roberto logo após a impugnação do Ricardo Barbará.
a entrevista do Prefeito pelo Correio
Assim, sobre a entrevista do Roberto, o Correio deu a seguinte versão: "Prefeito faz promessas para 2008". O título me surpreendeu, pois isso foi coisa que nem me passou pela cabeça sobre o pouco que vi da entrevista. O que eu vi foi o Roberto se posicionar como o prefeito que é, respondendo as mais variadas perguntas relacionadas à administração da cidade, inclusive algumas perguntas maliciosas ou mal intencionadas, do tipo colocar o "prefeito em xeque", como as q assim me pareceram as feitas por dois telespectadores, por telefone (a entrevista foi ao vivo, detalhe importante!).
Fiquei penasndo: a manchete da matéria até cai bem para o Roberto, pois vai chamar atenção para as questões que ele, enquanto prefeito, está colocando para a cidade. Mas não sei se foi essa a intenção do Correio.
Considerando o momento político de Itapetininga, quando boa parte da mídia local ficou atordoada com a cassação dos seis vereadores e a impugnação política do ex-prefeito Ricardo Barbará e reagiu a isso atacando (sabotando, talvez seja a expressão correta) a gestão do Roberto por todos os flancos, não acho que ele, o Roberto, quisesse usar a entrevista para se propagandear como candidato à reeleição (até porque ele tem outros meios para isso), pois as questões atuais são bem mais urgentes que suas possíveis "promessas" para 2008. Repito, eu não vi o Roberto ali como candidato, mas sim como o prefeito que é, dando conta de suas ações como administrador público de Itapetininga.
aliás,
meus parabéns, Roberto.
Porque vc não critica a Folha de Itapetininga?
Essa pergunta me foi feita por algumas pessoas após a publicação do Correio sobre as minhas críticas à mídia local. Eu respondi: a Folha de Itapetininga não precisa de crítica. Ela é tão clara nos seus objetivos e propósitos que qualquer leitor da Folha de Itapetininga sabe das tendências do jornal. Alliás, é justamente por isso que essas pessoas leem o jornal: para verem suas opiniões reforçadas por ele. A Folha de Itapetininga tem um púbico fiel que é inquestionável.
Até antes da posse do Roberto, a profissão de comunicador de jornal, rádio ou tv em Itapetininga era relativamente simples: bastava propagandear notícias a favor de certos pretensos manda-chuvas locais e falar mal de seus inimigos.
Esses profissionais (falo só de alguns, ok? vc não precisa se incomodar com essa crítica se fosse não for um deles) gravitavam em torno da Prefeitura e da Câmara Municipal, traballhando nesses lugares como "assessores de imprensa" e, ao mesmo tempo, cumulativamente, também trabalhando nas emissoras de rádio, nas tvs e nos jornais da cidade. Imparcialidade, probidade e ética na comunicação eram palavras que parecem não ter fazido parte das preocupações desses "profissionais" (detalhe: muitos deles eram profissionais "na prática" e não de formação universitária).
Era fácil ser "jornalista", "repórter" ou colunista antigamente. Bajular poderosos, falar bem das pessoas certas e falar mal de certas outras, era sinal de garantia de emprego. E o melhor: gravitando em torno do poder e dos poderosos, esses profissionais estavam sempre bem informados sobre os acontecimentos locais e assim podiam facilmente encher (de linguiça) os espaços em branco dos jornais, as imagens de seus programas na tv, além, é claro, de poluir nossos ouvidos com suas palavras nos altofalantes dos rádios.
Logo após a derrota eleitoral do grupo Barbará-Giriboni em 2004, uma boa parte desses profissionais passaram a meter o pau no Roberto descaradamente, sem nenhum constrangimento mesmo. Esse foi o caso do Jornal Cidade de Itapetininga e do programa de notícias do meio dia da Rádio Globo de Itapetininga (acho q ambos extintos), cujo proprietário (ou sócio, sei lá) era o Francisco Janez. A Estação Aurora também deu seus chutes no saco do Roberto, acompanhada por algumas outras emissoras de rádio dizem que clandestinas que acho nem existem mais (e nem lembro eu o nome elas).
Mas esse modo de agir dos profissionais da comunicação, no entanto, logo entrou em crise, pois esse grupo estava acostumado a depender da Prefeitura, da Câmara e de algumas ONGs e eles não estavam mais conseguindo fazer isso satisfatoriamente com o Roberto. Pois ele não só contratou para assessorar a comunicação da Prefeitura uma nova e jovem equipe de profissionais em comunicação (relações públicas, joranlistas e publicitários), quebrando o velho hábito de contratar as "figurinhas carimbadas" da comunicação de Itapê, como também criou o Semanário Oficial do Município de Itapetininga e melhorou bastante o site da Prefeitura.
tempos difíceis para nós
A pauleira das rádios, jornais e tvs de Itapetininga contra a gestão do Roberto, teve uma fase mais cara-de-pau entre outubro de 2004 (quando a Rádio Globo noticiou a falsa notícia que a candidatura do Roberto havia sido impugnada por ele ter dado 3 sacos de cimento para uma família de eleitores) até cerca de março de 2007, quando os seis vereadores de Itapetininga foram cassados e os próprios, por uma questão de cautela própria, decidiram não comparecer mais nas emissoras de rádio e tv e nas páginas de jornais ´
Só aí é que eles deram um pouco de sossego para a cidade.
SEm exagero algum, posso afirmar q, para nós, familiares e amigos do Roberto, esses foram dias terríveis. Esses veículos de comunicação, uns mais, uns menos, talvez até inconsequentemente (para não dizer irresponsavelmente) e infelizmente reforçados pela TVTem, fizeram uma zona política em Itapê, procurando indispor a população contra a autoridade legítima do Prefeito. Quanta situação desagradável tivemos que viver!
é bom lembrar que as minhas críticas não se dirigem a todos os profissionais e nem a todas as empresas de comunicação de Itapetininga. É só contra alguns, realmente ruins. Os bons não devem se incomodar e espero que continuem fazendo melhor aquilo que já sabem fazer bem.
a carapuça
só veste quem a quiser.
não vou ficar repetindo
Retirei do blog o texto que o Orestes usou para escrever no Correio sobre as críticas que venho fazendo aqui à ALGUNS profissionais e ÀLGUNS veículos de comunicação. O texto ainda ficou aqui no blog uma semana após a publicação da matéria, tempo suficiente, acho eu, para que as pessoas interessadas pudessem ler minhas opiniões "no original", como se diz. Mas ainda deixo registrado aqui alguns outros textos, não menos críticos, sobre o mesmo assunto.
notícias populares
O Correio apelou na sua última edição: "salário de Prefeito é 30 vezes superior ao piso da Prefeitura".
Pela reportagem, ficamos sabendo que o salário do prefeito de Itapetininga é de cerca de 12 mil reais, enquanto que o menor salário pago pela Prefeitura é de cerca de 300 reais.
Realmente, é uma diferença gritante. Mas o que o Correio espera atingir com essa notícia, justamente alguns dias após a entrevista do Roberto no TElescópio, isso eu realmente não sei.
O valor do salário do Prefeito de Itapetininga não é novidade. Esse assunto já foi discutido até a exaustão no Orkut de Itapetininga, lá pelos idos de 2005/2006.
Nessa época, existiam no Orkut de Itapetininga uma série de comunidades, mantidas por pessoas relacionadas ao "mundo político-partidário" de Itapetininga, especializadas em "discutir" política. Na verdade, o grande objetivo dessas comunidades era mesmo detonar o Roberto, chegando mesmo a existir uma comunidade chamada "Fora, Ramalho", outra "Saudades do Barbará" e outras que não recordo o nome agora.
Lembro que um internauta, anônimo por sinal, colocou o tópico sobre a questão do salário do prefeito, mas tema que foi logo abandonado, pois logo os próprios internautas pareceram concordar que 12 mil não é um salário absurdo para o cargo em questão e era o salário equivalente que o Barabará havia recebido durante a sua última gestão.
explicando melhor
eu disse aqui, num outro texto, que nenhum parente nosso trabalha na Prefeitura de Itapetininga. Na verdade, quando escrevi isso, não levei em conta que a Maria Ângela, esposa do meu tio Miguel, irmão da minha mãe, trabalha sim na Prefeitura e que ela está sempre assessorando a esposa do Roberto, a primeira dama, nos trabalhos do Fundo Social da Solidariedade. Para ser mais exato, também devo dizer que a Maria Ângela já era funcionária da Prefeitura quando o Roberto assumiu e já trabalhava justamente no Fundo Social. Não acho que isso signifique nepotismo. Até porque a "tia" Maria Ângela tem méritos inquestionáveis enquanto funcionária a serviço da população mais carente de Itapetininga, reconhecidos até pelos adversários políticos do Roberto. Não é sem razão que ela é tão conhecida e querida: a Maria Ângela é uma pessoa ativa, acolhedora e compromissada com aquilo que faz.
ufa!
acho que demorei duas semanas para conseguir publicar esse texto!