
domingo, 30 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
longa vida para elas
A Prefeitura está realizando o plantio de cerca 800 mudas de árvores doadas pela Empresa de Luz local, a CPFL (uma ação louvável da empresa diga-se de passagem).
A notícia veio do Departamento de Comunicação da PMI, via release do Jorge, jornalista, a quem elogio (ele merece!) a profissionalidade com que faz seu ofício de jornalista das ações da Prefeitura.
Eu vivo colando textos dele aqui no Pensamento comum. Isso é mais do que para agradecer-lhe.
Agora, voltando à notícia, ela, pra mim tem dois significados especiais:
UM porque fico feliz de saber que o plantio dessas árvores faz parte do projeto de (re)arborização urbana para Itapetininga prometida durante a campanha eleitoral e DOIS, porque isso está acontecendo alguns dias depois que um animal infeliz passou aqui em frente de casa e quebrou a Murtinha, arvorezinha que plantei na calçada e não incomodava ninguém.
A notícia veio do Departamento de Comunicação da PMI, via release do Jorge, jornalista, a quem elogio (ele merece!) a profissionalidade com que faz seu ofício de jornalista das ações da Prefeitura.
Eu vivo colando textos dele aqui no Pensamento comum. Isso é mais do que para agradecer-lhe.
Agora, voltando à notícia, ela, pra mim tem dois significados especiais:
UM porque fico feliz de saber que o plantio dessas árvores faz parte do projeto de (re)arborização urbana para Itapetininga prometida durante a campanha eleitoral e DOIS, porque isso está acontecendo alguns dias depois que um animal infeliz passou aqui em frente de casa e quebrou a Murtinha, arvorezinha que plantei na calçada e não incomodava ninguém.
Não é que eu costume guardar rancor, mas a destruição da arvorezinha que você tão carinhosamente plantou (pagou para isso, inclusive), não é algo que vc esquece tão rápido, hehehe...
Deixa pra lá... porque já esqueci, também e nem ligo mais (+/- na verdade).
O que importa é que agora a cidade vai ganhar 800 novas árvores.
Vida longa para elas!
Vai a foto de algumas mudas plantadas pela Prefeitura enviada no release:

(Como o senso crítico é uma coisa que a gente nunca pode afastar da consciência, não posso deixar observar que a fotografia foi feita sem que os funcionários tivessem antes varrido a calçada e a rua, deixando a vista os montes de terra o q dá um certo aspecto negativo para a imagem do plantio das árvores. Por outro lado, a fotografia não deixa de ser um testemunho crítico sobre o estado de preservação de algumas de nossas calçadas, não muito bem cuidadas por alguns cidadãos. Detalhe: as calçadas são responsabilidade dos próprietários dos imóveis.)
terça-feira, 11 de novembro de 2008
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
pensando em você
Sei que você agora dorme em outra cidade.
As crianças estão longe, na casa dos avós.
Você sonha com os ruídos do condomínio, depois de ter ficado horas fumando e ouvindo o vento frio de julho.
Você está só.
Eu ainda nem a conheço e sou apenas um pensamento que repousa sobre os campos e as estradas, dentro de um ônibus.
Você nem sabe, mas eu venho cansado e cheio de sonhos, carregando livros e alguns cigarros.
Você também ainda não me conhece.
Você acorda no seu apartamento e observa que o frio não foi embora.
Você arruma sua bolsa, pensa no dinheiro, nas crianças e no banco em greve.
Eu já estou em outra cidade, com preguiça e sem vontade de acordar.
O dia vem como um desafio, mas sabemos que será só tédio.
E depois desse dia virá outro e mais outro, como uma roda impossível de não girar.
Eu percorro os corredores e salas das escolas.
Falo, explico, ouço, pergunto, leio, respondo.
Sou um professor e vou de ônibus para a escola.
Você trabalha no banco, está sempre fazendo hora extra e diz que tudo isso é injusto e sempre será.
As crianças estão longe, na casa dos avós.
Você sonha com os ruídos do condomínio, depois de ter ficado horas fumando e ouvindo o vento frio de julho.
Você está só.
Eu ainda nem a conheço e sou apenas um pensamento que repousa sobre os campos e as estradas, dentro de um ônibus.
Você nem sabe, mas eu venho cansado e cheio de sonhos, carregando livros e alguns cigarros.
Você também ainda não me conhece.
Você acorda no seu apartamento e observa que o frio não foi embora.
Você arruma sua bolsa, pensa no dinheiro, nas crianças e no banco em greve.
Eu já estou em outra cidade, com preguiça e sem vontade de acordar.
O dia vem como um desafio, mas sabemos que será só tédio.
E depois desse dia virá outro e mais outro, como uma roda impossível de não girar.
Eu percorro os corredores e salas das escolas.
Falo, explico, ouço, pergunto, leio, respondo.
Sou um professor e vou de ônibus para a escola.
Você trabalha no banco, está sempre fazendo hora extra e diz que tudo isso é injusto e sempre será.
tem seu fundo de verdade
O deputado Pedro Tobias (PSDB) fez duras críticas ontem aos policiais civis paulistas, em greve há 53 dias. Disse, em plenário e dirigindo-se a um grupo deles, que tem mais medo da "Polícia Civil do que da facção criminosa PCC".
"A população não está sentido falta de vocês porque [vocês] não trabalham nada, não apuram nada. A polícia não faz falta, e nunca fez, porque há menos corrupção quando há greve. Se vocês ficarem
em greve, é melhor para população", disse, falando para o grupo de
policiais civis que estava na galeria acompanhando os trabalhos na Assembléia Legislativa
(...)
Sem dar mais detalhes, ele passou a falar dos projetos de aumentos salariais para os policiais civis enviados pelo governador José Serra (PSDB), mesmo partido do deputado. "Espero que a greve termine. Mas,
se ela não acabar, ninguém está sentindo falta da Polícia Civil. Vocês não estão fazendo falta nenhuma", disse.
(...)
(copiado de "Deputado diz temer mais Polícia Civil de SP do que ´a facção criminosa PCC`". In: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u465178.shtml)
PS: Não tenho nada contra qualquer policial civil em particular. Muito pelo contrário, pois conheço pessoalmente alguns deles e considero-os todos como profissionais do bem.
No entanto, não concordo com a existência da Polícia Civil, pelo menos tal como ela está organizada hoje em dia.
Acredito que nossa sociedade teria sua segurança melhor defendida e nossos impostos seriam melhor aplicados caso a corporação da Polícia Civil sofresse uma radical transformação, não se descartando até mesmo a sua extinção, se necessário.
Por isso, eu gritaria: pelo fim da policia civil!
quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Na foto acima, quatro livros fundamentais sobre o município e a sociedade de Itapetininga.
Em sentido horário: o primeiro é - eu creio* - o Album Comercial de 1935, muito apreciado e comentado pelos memorialistas de Itapetininga. Pode-se ver pela foto que o exemplar que eu tenho é cópia do original.
O segundo é Itapetininga e sua história, um livro de crônicas sobre o povoamento e costumes de Itapetininga escrito por Antonio Galvão Júnior, filho que foi do então conhecidíssimo Antonio Galvão, o pai, tido como o fundador da imprensa na cidade e um dos pioneiros em toda a região sul do Estado de São Paulo. O livro é de 1956, publicado pelo próprio autor. Pela foto vc pode ver que eu tenho um original, inclusive numerado como exemplar 658.
Os outros dois livros (os dois debaixo) são de Oracy Nogueira, professor e sociólogo nascido em Cunha, Estado de São Paulo, e que se tornou um pioneiro no chamado "estudo de comunidades", tal como isso era entendido nas décadas passadas (foi uma "moda sociológica").
Esses livros se chamam: Preconceito de Marca: as relações raciais em Itapetininga e Família e Comunidade: um estudo sociológico de Itapetininga.
Pará nós, itapetininganos ou moradores nesta cidade, essas obras tem um valor muito especial. Pois ambas são fruto do trabalho de pesquisa que o autor realizou, entre 1951 a 1953, em Itapetininga, investigando em profundidade a nossa sociedade, nosso processo de povoamento, formação econômica, costumes, instituições, geografia regional e também a topografia local.
Oracy Nogueira foi uma espécie de seguidor do sociólogo Donald Pierson, que conheceu pessoalmente. Com a realização de sua pesquisa sobre Itapetininga, ele pretendia praticar, aqui no Brasil, o mesmo método de análise social preconizado e praticado por Pierson.
Nogueira escolheu Itapetininga como seu campo de experimento, devido, segundo ele mesmo diz,
"as seguintes vantagens: 1ª a abundância de fontes históricas já localizadas; 2º constituir uma variante em relação a Guaratinguetá** - cidade do Vale do Paraíba do Sul por onde já passara o ciclo do café - no sentido de estar fora ou à margem da faixa ecológica dos cafés; e 3ª estar a cinco horas*** da Capital do Estado, pela ferrovia (Sorocabana), o que facilitaria o autor e a seus eventuais auxiliares - assistentes e alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo - frequentá-la". (Nogueira, 1956, p. 10)
Pela citação acima pode-se concluir que Nogueira, para decidir-se por Itapetininga, estava tão preocupado com as razões teóricas-metodológicas de seu estudo acadêmico, como também com a comodidade dos deslocamentos de si próprio e de seus alunos para a cidade escolhida.
Mas isso é só um detalhe e não vem ao caso.
Nogueira só publicou o resultado de seus estudos sociológicos sobre Itapetininga em 1962, através do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, pertencente ao INEP, numa coleção chamada, muito apropriadamente, "O Brasil Provinciano" e que acabou ganhando o título, já citado, de Família e Comunidade. O livro saiu com 541 páginas de texto e ilustrações, mais um adendo de 16 outras páginas com reprodução de fotografias de Itapetininga. Um tijolo, como se diz.
Já o livro Preconceito de Marca, publicado em 1998, depois da morte do autor, é um fruto de um trabalho de resgate da professora Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, que pegou o antigo "relatório de Itapetininga", tal como Nogueira chamava seu texto de registros e anotações sobre sua pesquisa de campo, e o reeditou sob forma de publicação em livro.
Então, com a lembrança desses quatros livros, fica aqui a minha homenagem ao dia de aniversário dos 238 anos de fundação de Itapetininga.
* A cópia que eu tenho está sem a capa de identificação.
** Antes de se decidir por Itapetininga, Nogueira também considerou a possibilidade de realizar seu "experimento de pesquisa sociológica" em Guaratinguetá.
*** Hoje esse trajeto é feito em 2 horas de carro ou 2h30 de ônibus, se o trânsito ajudar.
P.S. Embora tenham alguns leitores deste blogue comentado que eu pertenço a "família tradicional" de Itapetininga, quero dizer que nunca encontrei, nas minhas folheadas nos quatro livros acima, qualquer referência à pessoas da minha família. O que não é de se admirar, pois sou filho de pai e avós imigrantes.
cético
A vida é surpreendente.
Veja só: antigamente, um déspota só deixava o poder quando deposto, geralmente depois de alguns sangrentos conflitos, ou mesmo quando era sumariamente assassinado.
Agora, quem diria, hein? Uma eleição, num país cujas eleições não são lá essas coisas, derrubou George W. Bush, o maior assassino em série depois de Hitler e Stálin e Pol Pot!
Aí eu fico pensando comigo: será que as coisas agora vão mudar no mundo? Será que Obama vai impedir novas guerras? Será que vai diminuir o orçamento do Pentágono? Será que vai seguir o Protocolo de Kyoto? Será que vai investir em educação para o seu povo? Será que vai devolver o Iraque aos iraquianos e Afeganistão aos afegãos? Será que vai parar de patrocinar a matança de palestinos?
São tantas e tão profundas as relações de poder do governo norte-americano com o resto do mundo, que eu aqui, no meu mais singelo ceticismo, fico me perguntando: será que, além das moscas, a merda também vai mudar?
Veja só: antigamente, um déspota só deixava o poder quando deposto, geralmente depois de alguns sangrentos conflitos, ou mesmo quando era sumariamente assassinado.
Agora, quem diria, hein? Uma eleição, num país cujas eleições não são lá essas coisas, derrubou George W. Bush, o maior assassino em série depois de Hitler e Stálin e Pol Pot!
Aí eu fico pensando comigo: será que as coisas agora vão mudar no mundo? Será que Obama vai impedir novas guerras? Será que vai diminuir o orçamento do Pentágono? Será que vai seguir o Protocolo de Kyoto? Será que vai investir em educação para o seu povo? Será que vai devolver o Iraque aos iraquianos e Afeganistão aos afegãos? Será que vai parar de patrocinar a matança de palestinos?
São tantas e tão profundas as relações de poder do governo norte-americano com o resto do mundo, que eu aqui, no meu mais singelo ceticismo, fico me perguntando: será que, além das moscas, a merda também vai mudar?
=-=-=-=-=-=-=
Comentário 16 anos depois...
1. não, nada mudou. Obama não só manteve as guerras deixadas pelo seu antecessor como acabou alimentando outras novas. Síria, Líbia e Iemem pagaram caro por isso.
2. Obama se revelou apenas um objeto de relações públicas para iludir, com a sua cor de pele, os ingênuos que ainda acreditam que EUA são uma democracia e que só querem o bem da humanidade... ora só.
3. No momento em que escrevo, outro presidente "democrata", Joe Biden, está agora ocupado com duas novas frentes de matança: Ucrânia e Palestina. Já vendeu milhões e milhões de dólares para Israel e Ucrânia. Resultado: milhões de mortos e empresas bélicas cada vez mais ricas.
domingo, 2 de novembro de 2008
uma longa história...
A eleição municipal de 2004 de Itapetininga finalmente terminou.
Terminou agora, em 2008.
A eleição mais longa e (in)tensa da história da cidade.
Canso só de pensar nos detalhes disso tudo!
Mas coragem! vamos lembrar algumas coisas:
Nas eleições de 2004, disputaram o poder 3 grupos relativamente distintos: o grupo do então prefeito Ricardo Barbará da Costa Lima, que tentava a reeleição e parecia já a dar como certa, segundo se dizia. Um segundo grupo liderado pelo médico e administrador Marcos Cunha, na sigla do PT. E um terceiro grupo liderado por Roberto Ramalho Tavares e vice Alceu Nanini, ambos trazendo consigo uma longa e profunda vivência com a população de Itapetininga.
Graças ao apoio popular, Roberto Ramalho Tavares tornou-se prefeito de Itapetininga para governar pelos anos de 2005 a 2008 (este ano que finda).
Mas um dos grupos derrotados, justamente o ligado ao ex-prefeito, não deu como certa a eleição de 2004 e por isso, embora oficialmente encerradas as eleições, continuou mantendo uma atitude de constante disputa política, sem escrúpulos de usar as rádios, os jornais e os próprios órgãos públicos para atacar, mal-dizer, deturpar, negar e vomitar outras tantas injúrias contra a administração do prefeito Roberto - que eu tinha até dó!
O pior é que foi isso mesmo: eu ligava o rádio para ouvir o "programa jornalístico" da Rádio Globo de Itapetininga e o que eu ouvia era só merda (desculpe a expressão) jogada no ar com a intenção, claro, que fossem respingar lá no Roberto.
Era até surrealista. Enfim.
Mas isso parece que acabou.
Ou, se não acabou, pelo menos vai ter que passar a existir de outra forma, sob outra roupagem.
Mas isso já é outra loooonnga história.
Terminou agora, em 2008.
A eleição mais longa e (in)tensa da história da cidade.
Canso só de pensar nos detalhes disso tudo!
Mas coragem! vamos lembrar algumas coisas:
Nas eleições de 2004, disputaram o poder 3 grupos relativamente distintos: o grupo do então prefeito Ricardo Barbará da Costa Lima, que tentava a reeleição e parecia já a dar como certa, segundo se dizia. Um segundo grupo liderado pelo médico e administrador Marcos Cunha, na sigla do PT. E um terceiro grupo liderado por Roberto Ramalho Tavares e vice Alceu Nanini, ambos trazendo consigo uma longa e profunda vivência com a população de Itapetininga.
Graças ao apoio popular, Roberto Ramalho Tavares tornou-se prefeito de Itapetininga para governar pelos anos de 2005 a 2008 (este ano que finda).
Mas um dos grupos derrotados, justamente o ligado ao ex-prefeito, não deu como certa a eleição de 2004 e por isso, embora oficialmente encerradas as eleições, continuou mantendo uma atitude de constante disputa política, sem escrúpulos de usar as rádios, os jornais e os próprios órgãos públicos para atacar, mal-dizer, deturpar, negar e vomitar outras tantas injúrias contra a administração do prefeito Roberto - que eu tinha até dó!
O pior é que foi isso mesmo: eu ligava o rádio para ouvir o "programa jornalístico" da Rádio Globo de Itapetininga e o que eu ouvia era só merda (desculpe a expressão) jogada no ar com a intenção, claro, que fossem respingar lá no Roberto.
Era até surrealista. Enfim.
Mas isso parece que acabou.
Ou, se não acabou, pelo menos vai ter que passar a existir de outra forma, sob outra roupagem.
Mas isso já é outra loooonnga história.
(da série: política - ás vezes eu penso nisso)
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Homenagem à "Graúna", do Henfil
No final da década de 1970, eu era apenas um adolescente curioso quando, por acaso, frequentando a banca de jornais da rodoviária de Itapeti...

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O paradoxo da espera do ônibus é um curta metragem sobre o paradoxo da espera, isto é, sobre o fato de quanto mais se espera, menos, paradox...
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Fac-símile da capa. O Diário, número 200. Quarta-feira, 15 de setembro de 1915.