sexta-feira, 18 de abril de 2008

coisa chata

O jornal Correio de Itapetininga foi multado pela justiça eleitoral de Itapetininga pela pesquisa que divulgou há algumas semanas atrás sobre a preferência e rejeição dos eleitores locais aos possíveis candidatos à Prefeitura.
A notícia foi divulgada hoje pelo próprio jornal, esclarecendo que o motivo da multa foi o fato da pesquisa não ter sido registrada com antecedência de 5 dias antes de sua divulgação no Cartório Eleitoral do Município, o que de fato ocorreu devido a um humano, mais do que humano, lapso de esquecimento do autor da pesquisa. Ainda segundo o jornal, a denúncia que motivou a multa foi feita por um tal de Cleber - um eminente desconhecido, pelo que me pareceu, talvez agindo a mando de algum patrão da política local. Por fim, a nota também informa que o jornal recorreu da decisão.
Aos amigos do Correio, com quem venho sempre - bem ou mal - dialogando aqui no blog, quero deixar registrada aqui a minha completa solidariedade a este acontecimento realmente lamentável, provavelmente motivado por algum interesse político.
Embora ás vezes eu faça críticas ao Correio (quem me lê sabe disso), ainda assim eu o considero o melhor jornal que Itapetininga possui. É o mais crível e o mais bem feito da cidade, com textos interessantes e manchetes sempre antenadas com os acontecimentos da nossa vida coletiva. Aliás, sem exagero algum, eu acredito mesmo que a história da imprensa itapetininga pode ser contada antes e depois do Correio.
Mas deixando de lado os elogios, é lamentável que um cidadão, como esse tal de Cléber, tenha tido disposição para fazer uma coisa dessas, numa tentativa de prejudicar o mais importante veículo de comunicação de nossa cidade.
Espero que o acontecimento, ao invés de desanimar os diretores e repórteres do jornal ou de os jogá-los uns contra os outros, numa possível troca de auto-acusações, espero mesmo que este epísódio sirva para reforçar a decisão da equipe do Correio em continuar os caminhos que tão brilhantemente já vem seguindo.
Fica aqui a minha solidariedade.

Um comentário:

  1. Acrescentando:

    eu sei que isso não é da minha conta, mas pelo licença para acrescentar umas observaçoes e opiniões :

    1. a pesquisa foi realizada antes do período de campanha eleitoral,

    2. a pesquisa foi planejada e executada com a maior correção, respeitando todas as normas da melhor metodologia científica (eu mesmo sou testemunha pois encontrei os entrevistadores na rua, conforme eu mesmo já contei aqui),

    3. Embora registrada com atraso, a documentação da pesquisa está agora efetivamente registrada no Cartório, cessando qualquer possível dano que a demora em seu registro possa ter causado,


    4. Nem o autor da pesquisa nem o Jornal dificultou ou está dificultando o acesso à documentação da pesquisa a quem quer que seja,

    5. A pesquisa não denegriu ou ofendeu nenhuma pessoa envolvida, e sua divulgação teve unicamente como objetivo retratar o "clima político" atual de Itapetininga.

    5. Retratar a sociedade é o papel de todo bom jornal.

    6. Um bom jornal promove todo tipo de ação e estratégia jornalística para a obtenção de dados confiáveis para publicar suas reportagens,

    6. Ao contratar um idôneo instituto de pesquisa para realizar uma pesquisa de opinião política em Itapetininga, o jornal nada mais fez do que investir na feitura de uma reportagem, zelando para que a sua divulgação ao público ocorresse com o máximo de precisão e imparcialidade possível, uma iniciativa altamente elogiável.

    8. Portanto, a pesquis de opinião não teve outro objetivo senão o de servir de subsídio para uma reportagem e não para servir a interesses partidários de algum grupo específico,

    6. Nenhuma outra pessoa, pelo menos que eu conheça, fora o senhor Cléber, questionou ou questiona de maneira científicamente adequada o planejamento e a execuçaõ da pesquisa.

    Portanto, volto a dizer: não vejo nenhuma improbidade cometida pelos responsáveis pela pesquisa e pelo Jornal Correio de Itapetininga.

    A reclamação feita contra o jornal pelo senhor Cleber não tem nenhum fundamento, pois se ele se sentiu prejudicado, de alguma forma com a realização e publicação da pesquisa, esse seu sentimento foi no entanto rapidamente sanado, pois, como eu já disse, o jornal nem os responsáveis pela pesquisa negou acesso a documentação da pesquisa, tão logo isso foi reclamado.

    Num sô divogado, gente, mas nessas horas, né, de médico, de louco e de Rui Barbosa, todo mundo tem um pouco.

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