quarta-feira, 31 de maio de 2006

andróide paranóico

Danilo, aluno do quarto ano de Publicidade e Propaganda, está com um blog no ar, o Andróide Paranóico.

Seus textos são carregados de poesia e sensibilidade crítica.

terça-feira, 30 de maio de 2006

qual a sua tese, mesmo?

Ontem levei minha dissertação de mestrado para a aula. Eu ia falar de "etapas do processo de pesquisa" e achei que o melhor exemplo que eu poderia dar sobre isso seria o meu próprio. Decidi levar a pesquisa de mestrado e não a do doutorado, pois eu fui mais "c.d.f" na primeira vez, fazendo tudo o que manda o protocolo do bom pesquisador acadêmico.
E assim lá estava eu, na sala de aula, com uma tese na mochila, diante de 30 jovens cabeças. Embora eu não fosse falar do tema da minha pesquisa (a Psicologia e a Pedagogia no Brasil), mas apenas como "isso" foi realizado e chegou ao fim, é claro que fiquei um tanto constrangido. Primeiro, porque poderia parecer autopromoçào e, segundo e mais importante, porque fiquei com sérias dúvidas sobre o interesse que esse tipo de coisa pode ter para alunos de Publicidade e Propaganda.
Daí que deixei para falar da minha pesquisa quase que ao final da aula. Fui retirando da mochila páginas amareladas (ainda datilografadas!) do projeto original, dos relatórios parciais e, por fim, da própria dissertação, tb amarelada e já com sinais da passagem que alguns cupins andam fazendo pela biblioteca aqui em casa.
Quatro ou cinco alunos (ainda bem que existem eles!) pediram para folhear os papéis e a tese.
Fiquei ansioso. O que iriam dizer?
Uns fizeram comentários admirados: "puxa, professor! que trabalhão, hein?", "e o senhor tinha tempo de ver a família"? Outros foram irônicos: "olha, o professor sabe datilografar!"; "ah, quanto o senhor pagou para escreverem isso?"; "onde o senhor comprou essa tese?".
Esses comentários são bem interessantes: eles revelam a visão que a maioria das pessoas tem sobre a pesquisa acadêmica: ela é sobre-humana (ô Pasquale! é assim q se escreve?) e somente os "gênios da raçã" é que podem desenvolvê-la.
A coisa não é bem assim, na verdade. Embora desenvolver uma pesquisa de mestrado ou doutorado imponha certos sacrifícios pessoais e até profissionais e familiares, realizar, hoje, o mestrado ou o doutorado já não é mais como erguer pedras morro arriba.
Primeiro, porque a pós-graduação está cada vez mais ágil, exigindo que os pesquisadores desenvolvam suas pesquisas no menor tempo possível (2 anos para mestrado e 3 para doutorado, em média). Essa redução no tempo de realização dos cursos stricto-sensu foi imposta pela CAPES em meados da década de 1990, atendendo as novas exigências do mercado de trabalho criado pela criação sempre crescente de novas faculdade particulares. Segundo, porque o aumento do número de teses defendidas ocasionou, em contrapartida, a diminuiçào das exigências para a sua realização. Isto é, o Brasil produz hoje mais teses, e, portanto, forma mais mestres e doutores, mas, por outro lado, ainda produz poucas (relativamente) teses realmente boas.
Pode parecer pedante e arrogante da minha parte dizer esse tipo de coisa, pois podem pensar que faço o elogio das minhas pesquisas e critico as dos outros. Não é isso. Até acho que as pesquisas que fiz no mestrado e no doutorado poderiam ser melhores em alguns aspectos (ninguém é perfeito!). A questão que coloco é mais grave, pois se refere à própria natureza da pesquisa nos cursos de pós-graduação: pesquisar para quê? Para formar pesquisadores ou simples professores para as faculdades particulares, a fim de cumprir as exigências da lei (que obriga 2/3 do corpo docente possuir titulação mínima de mestre)?
Esse é um dilema sério da pós-graduação atualmente. Ficam aqui esses pensamentos para os meus alunos pensarem a respeito.

sábado, 27 de maio de 2006

gotas de reflexão

Sonhadores construíram a Arca de Noé e os técnicos o Titanic.

o guarda janelas

infinito da rua

tiradas do pé















folhas que o outono traz ao chão

lembranças do plebiscito

Terminou a pesquisa sobre o que os leitores do Pensamento Comum pensam sobre o plebiscito do comércio de armas ocorrido em 2005 no Brasil. Tivemos 7 votantes (número recorde até agora!).

Uma opinião foi otimista (estamos mais seguros). Quatro opiniões foram pessimista-radical (burrice e destruição de armas). E duas foram opiniões tipo sarrista (coisa de viado e usar estilingue).

Todo mundo quer a paz, em resumo. Ainda bem que é só isso!


  • foi excelente, pois estamos mais seguros assim. 14% 1
    foi mais uma demonstração da burrice humana. 43% 3
    sei lá!! porque vc quer saber? 0% 0
    de novo esse assunto? 0% 0
    eu acho que deviam destruir todas as armas 14% 1
    tenho saudades do tempo em que eu usava estilingue. 14% 1
    pode explodir o mundo que nào tô nem aí! 0% 0
    desarmamento é coisa de viado! 14% 1
    arma é coisa de machão! 0% 0

7 votes total

quarta-feira, 24 de maio de 2006

meus queridos alunos


A foto ao lado é de 2004, quando todos esses meninos e meninas estavam no primeiro ano do curso de Publicidade e Propaganda. Que turma! E eles me "aguentaram" também no ano seguinte, i.é, em 2005. Fiz malabarismos ali na frente deles, não é Thiago? A foto foi enviada pelo Leandro (terceiro da esquerda para a direita), que também é funcionário da FKB. Aliás, o Leandro me fez uma surpresa e tanto no final de 2005: trouxe aqui em casa um dvd do The Wall de presente. A grande surpresa, no entanto, estava na abertura do filme: ele inseriu uma foto minha, tirada na sala de aula (meio ridícula, aliás...), na abertura do filme. Guardo com muito carinho o presente, assim como a lembrança de toda a turma. São as amizades que ficam além das paredes da sala de aula que tornam minha profissão especial. Obrigado, Leandro!

terça-feira, 23 de maio de 2006

o coronel das lavouras mecanizadas

Enxada é um instrumento rural usado para cavocar e arrastar a terra do chão. Também serve para carpir o mato, puxar diversos objetos e, no caso de alguma necessidade forte, pode também servir como arma de defesa. Nesse caso, falamos de "dar uma enxadada". 

Coronel era o título que se concedia ao homem que, em tempos republicanos, demonstrava alguma forma excepcional de fidelidade  ao poder político estadual ou federal.

A força política representada por esses coronéis, bem como o estilo de fazer política que os caracterizou ficou conhecido como "coronelismo".

Lembro dessas coisas porque penso em Itapetininga e seus grupos políticos.

Com excessão de alguns poucos políticos locais, entre os quais incluo o Roberto e vários outros políticos e executivos públicos de seu grupo, a grande maioria está aí na vida pública mais para satisfazer interesses pessoais do que por qualquer outra coisa. Isso não é de hoje. É problema antigo e está enraizado na mentalidade não só dos políticos, como também de muitas pessoas comuns (por exemplo: se vc perguntar o que a pessoa gostaria de fazer se estivesse no poder, muitas vão responder: "ficar rico!!!"). É o desprezo pela coisa pública. Pra vc conhecer e entender melhor isso, recomendo a leitura de Coronelismo, enxada e voto, de Victor Nunes Leal, que é um livro clássico sobre nossa mentalidade política. Mas também pode ir ao site do professor Renato Janine Ribeiro e ler artigos interessantes sobre isso.

Falo desse assunto para tratar de algo bem mais prosaico: a difamação no orkut. Como muitos amigos meus sabem, criei uma comunidade, Itapetininga para todos (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=12035979), com a finalidade de aproximar pessoas de bem e comprometidas com a democracia e o progresso de Itapê e região.

Bem, tão logo a comunidade foi para o ar, um anônimo, em outra comunidade, gritou: "Fausto, vá se fuder!" - assim mesmo, com todas essas letrinhas. Confesso que fiquei assustado. Afinal, isso é agressão, embora seja apenas uma frase. Mas continuei a fazer o que me propuz.

Sábado passado tive uma nova surpresa: o anônimo (mas pode ser outra pessoa), naquela mesma comunidade, postou duas novas mensagens bastante ofensivas, desta vez a várias pessoas da minha família. Quanto a mim, ele foi até gentil, pois me chamou de "Faustinho". Fiquei indignado de qualquer modo, é claro.

Porque razão essas pessoas são tão agressivas? Eu acho que é pelos seguintes motivos: elas não se conformam de terem perdidos as eleiçoes municipais em 2004. Elas estão atoladas em dívidas, e apostavam na vitória política para resolver seus problemas financeiros pessoais. Elas tinham planos de permanecer no poder por, pelo menos, mais 2 mandatos. O comprometimento financeiro que esse grupo esperava ter com sua vitória eleitoral devia ser, por baixo, na ordem de 4 milhões de reais/ano.

É.... dá para entender o motivo de tanta revolta?

Voltando ao "espírito público": do público mesmo esse tipo de pessoa só enxerga o fantasma. Detalhe: esse grupo "adora" pobre!! Sim. Eles adoram que pobre permaneça pobre, pois assim fazem aquela politica coronelista de dar esmola, cesta básica, camiseta etc, pedindo em troca pouca coisa: apenas o voto. Depois ainda gostam de aparecer na coluna social dos jornais amigos como se fossem benfeitores. Dupla vantagem!

Putz, eu fico indignado com isso.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

preto, pobre, periférico

Eu conheço um rapaz, crescido em orfanato, que vive repretindo os três "pes", dizendo que ele é filho de preta, pobre e puta... tadinho! É a mais pura verdade.
Aqui no título do post, preferi trocar o p de puta pelo p de periferia. Me pareceu mais educado...
Quem está agora me lendo, com certeza não se encaixa em nenhum desses pês. Nem mesmo no de preto (mas o Edu Benedito vai questionar isso...).
Daí que nós, brancos e classe média, não entendemos direito o que é ter que carregar os três pes estampados na própria carne.
Pessoas com três pes habitam os nossos pesadelos: elas aparecem armadas, escondidas em esquinas e becos, prontas para nos atacar, invadir nossas casas, destruir nosso comércio, sujar nossos tapetes. Temos medo delas e quando vemos pessoas assim presas, ainda pensamos: puxa! agora vamos ter que pagar pra sustentar esses vândalos!
Agora, depois do ocorrido nesses últimos dias, o pensamento passou a ser: "tem que matar! tem que matar!".
É. É isso mesmo. É a frase que a classe média mais tem repetido. E, como o Estado e a polícia podem ser tudo, menos burros, logo o recado foi entendido e assim se sentiram autorizados a deflagrar um movimento de extermínio de suspeitos, que, "por coincidência", está atingindo principalmente pessoas pretas, pobres e da periferia. Algumas tb são putas, mas, enfim, isso é só mais uma coincidência.
Vou deixar uns
trechos do texto de Maria Rita Kell, publicado na Agência CArta Maior para a reflexão dos meus leitores.

Assim a polícia vem “tranqüilizando” a cidade, ao apresentar um número de cadáveres “suspeitos” superior ao número de seus companheiros mortos pelo terrorismo do tráfico. Suspeitos que não terão nem ao menos a sorte do brasileiro Jean Charles, cuja morte será cobrada da polícia inglesa porque dela se espera que não execute sumariamente os cidadãos que aborda, por mais suspeitos que possam parecer. Não é o caso dos meninos daqui; no Brasil ninguém, a não ser os familiares das vítimas, reprova a polícia pelas execuções sumárias de centenas de “suspeitos”. Mas até mesmo os familiares têm medo de denunciar o arbítrio, temendo retaliações.

Aqui, achamos melhor fingir que os suspeitos eram perigosos, e seus assassinatos são condição na nossa segurança. Deixemos o Marcola em paz; ele só está cuidando de seus negócios. Negócios que, se legalizados, deixariam o campo de forças muito mais claro e menos violento (morre muito mais gente inocente na guerra do tráfico do que morreriam de overdose, se as drogas fossem liberadas – disso estou certa). Mas são negócios que, se legalizados, dariam muito menos lucro. O crime é que compensa.

Então ficamos assim: o estado negocia seus interesses com os do Marcola, um homem poderoso, fino, que lê Dante Alighieri e tem muito dinheiro. Deixa em paz os superiores do Marcola que vivem soltos por aí, no Congresso talvez, ou abrigados em algumas secretarias de governo. Deles, pelo menos, a população sabe o que pode e o que não pode esperar. E já que é preciso dar alguma satisfação à sociedade assustada, deixemos a polícia à vontade para matar suspeitos na calada da noite. Os policiais se arriscam tanto, coitados. Ganham tão pouco para servir à sociedade, e podem tão pouco contra os criminosos de verdade. Eles precisam acreditar em alguma coisa; precisam de alguma compensação. Já que não temos justiça, por que não nos contentar com a vingança? Os meninos pardos e pobres da periferia estão aí pra isso mesmo. Para morrer na lista dos suspeitos anônimos. Para serem executados pela polícia ou pelos traficantes. Para se viciarem em crack e se alistar nas fileiras dos soldadinhos do tráfico. Para sustentar nossa ilusão de que os bandidos estão nas favelas e de que do lado de cá, tudo está sob controle.

quarta-feira, 17 de maio de 2006

para um ET, alienígenas somos nós

É. A vida aqui neste pedacinho do Universo não é mesmo fácil. Daí que de vez em quando dá vontade em ir morar em lugares distantes, como uma outra galáxia. Outros acham que são os habitantes deste planeta que não prestam: daí a esperança que o relacionamento com alienígenas seja melhor do que com terráqueos.
Vão abaixo os resultados da pesquisa sobre esse tema feita aqui no Pensamento Comum. Tivemos 3 votos, sendo que um dos votantes foi diretamente induzido (pra não dizer "obrigado") por mim, pois eu estava junto dele ao computador, dizendo: "agora vota na minha pesquisa, por favor!"

Sim, claro! 0
Nào, de jeito nenhum. 1
Pode ser que sim, pode ser que não. Ai depende. 1

Eu acho que meu vizinho é marciano. 0
Eu converso com ets pela janela do meu quarto. 1

Eu votaria na alternativa 4, pois acho o comportamento do meu vizinho, um caminhoneiro, muito estranho.

Votem nas próximas pesquisas!!!!!! Aliás, o tema do momento é: vilência social e desarmamento. Sim, eu vou voltar ao tema do DESARMAMENTO!!!!

terça-feira, 16 de maio de 2006

minha manhã de Harry Potter

encontrei o padre Ademar na varanda do prédio central do Seminário. Eu estava de saída, ainda segurando os livros que usara na aula. Ele conversava com um dos seminaristas. Eu, que não conhecia o jovem, logo me apresentei. Apertamos as mãos. Ele disse seu nome, mas minha atenção se fixou em seus óculos: minha memória reteve apenas sua imagem. O padre perguntou da política e dos conflitos do prefeito com alguns grupos da cidade. O seminarista ouvia atento. Respondi que mudanças políticas costumam não ser delicadas e que eu esperava que isso fosse apenas o começo, pois a cidade precisa de uma transformação profunda. O jovem noviço fez uma pergunta, na verdade uma afirmaçào: ele queria que essas transformações não causassem mal a ninguém - que fossem pacíficas e benéficas a todos. Eu o olhei pelos óculos e vi que atrás das lentes seus olhos se encheram de lágrimas. Naquele segundo que nào se mede a duraçào, não sei bem o que pensei. Mas lhe respondi, com o meu melhor senso comum, que contentar a todos é impossível, pois vivemos uma crônica desigualdade social e toda pessoa que tem poder de decisão, como um prefeito, haverá de optar entre um caminho ou outro. Ele se conteve, constrangido pela própria demonstração de sensibilidade. Um silêncio breve se instalou entre nós três e nos despedimos. Eu entrei no carro, logo alcancei a estrada. A manhà ainda estava fria, embora o sol que tudo ali iluminava. Percebi que não havia vento e eu, de dentro do carro, era mais um personagem da nossa irrealidade cotidiana.

pra frente, Brasil!

Clique aqui para ver uma excelente animação vencedora do 1º Festival Livre de Animação da América Latina...(com som...)..
Contribuição de Juliana Zacarias.

a paz é a gente que faz (essa é velha....)

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segunda-feira, 15 de maio de 2006

a fúria dos excluidos e a vingança da polícia

embora muita gente esteja agora querendo fazer justiça com as próprias mãos e praticar uma espécie de limpeza social em SP, lembro a todos que o buraco continua sendo mais embaixo... apenas sair por aí com uma arma na mão matando bandido e quem mais a sociedade considerar como tal não resolve o problema.
Pode até dar um tempo na violência, i.é, sufoca-la, mas ela vai continuar viva na barriga de milhoes de mães miseráveis da nossa desigualdade portanto: continuo mandando mensagens de PAZ!!!!!! E NÃO DE VINGANÇA!!!!!!!!
O MOVIMENTO DESARMAMENTISTA É NECESSÁRIO MAIS DO QUE NUNCA!!!!!
EU SEI QUE NÃO É QUALQUER PESSOA QUE ENTENDE ISSO.. . ...MAS...... NÃO É A VIOLÊNCIA QUE VAI MUDAR A MINHA OPINIÃO!!!

ainda não é o fim do mundo

A situação está realmente delicada, crianças!

É pânico, mas não entrem em pânico!!

A violência que estamos presenciando, embora generalizada, requer cautela, mas não pânico.

A chance de sermos individualmente envolvidos em cenas de violência, como as que estamos vendo na tela da televisão, continua relativamente pequena, felizmente ( considerando o número da população geral... ).

Mas, por precaução, aconselho a evitar, se for possível não ir e se estiver não ficar de bobeira na hora errada no lugar errado, pois costumam acontecer coisas bem desagraveis nesse momento – e também costuma não ser bom pra saúde.

E como a minha política segue o lema do “quanto mais em paz melhor”, rogo aos que amo: fica experto, ok?

Aproveito para convidar a darmos as mãos e cantar , cantar mesmo, sem ironia, com sinceridade, pois quem sabe cantando todo mundo se entenda melhor....
:
hum?
Pronto?
Me dá a mão e encha o peito, então...


Jesus Cristo, Jesus Cristo, Jesus Cristo eu estou aqui... (bis)

Olho pro céu e vejo uma nuvem branca que vai passando
Olho pra terra e vejo uma multidão que vai caminhando

Como essa nuvem branca essa gente não sabe aonde vai
Quem poderá dizer o caminho certo é você meu paiRefrão

Toda essa multidão tem no peito amor e procura a paz
E apesar de tudo a esperança não se desfaz

Olhando a flor que nasce no chão daquele que tem amor
Olho pro céu e sinto crescer a fé no meu Salvador

Refrão

Em cada esquina eu vejo o olhar perdido de um irmão
Em busca do mesmo bem nessa direção caminhando vem

É meu desejo ver aumentando sempre essa procissão
Para que todos cantem com a mesma voz essa oração

domingo, 14 de maio de 2006

origem do sentimento de justiça

Andei a reler Nietzche neste final de semana, mais especificamente Humano, demasiado humano, obra que o autor escreveu logo no início do seu crescente e sofrido período de isolamento. Como sou um leitor apressado, que só faz leituras em diagonal, isto é, pulando palavras e frases, me fixei somente nos tópicos que julguei mais interessante. Um é sobre a "origem do sentimento de justiça", cuja idéia pode ser resumida assim: o sentimento de justiça no homem não surge da benevolência ou de qualquer outro pendor para a bondade, a equidade e a imparcialidade. Não. Para Nietzhche, só sentimos necessidade de praticar a justiça quando sentimos que nossas forças são inferiores a dos outros. Isto é, somos justos quando sabemos que não podemos ser superiores. É uma questão de economia de esforços e de autosobrevivência, nada mais. "Justiça remete naturalmente ao ponto de vista de uma autoconservação inteligente, portanto, ao egoísmo" - diz o filósofo (p. 99).
O que dá pra concluir disso? Eu diria que "não seja subserviente", "não inferiorize suas forças para que um outro nào se sinta superior a vc e assim abra mão de querer praticar a justiça". E quanto a vc, se aprendeu a lição, não use da sua força sobre aqueles que vc considera inferiores para justificar a si próprio que podes ser injusto, já que se sentes acima da própria lei.

....

Outro tema que me fez pensar e que deixo aqui para os meus 4 ou 5 leitores fiéis para tb pensarem, é sobre o cristianismo. Nietzche valorizava muito a vida grega, nào apenas os filósofos antigos, mas também a própria mitologia e religiões da época da Grécia Clássica. Ele achava que os gregos foram extremamente nobres, valorosos e virtuosos (qualidades que Nietzche preza muito), pois se consideravam iguais aos deuses em que acreditavam. É como se os gregos acreditassem que se poderia encontrar um deus caminhando na rua ou participando de uma festa de casamento, do mesmo modo como se poderia encontrar um amigo pela praça. Deuses e homens tinham as mesmas virtudes e defeitos. Deuses tb erravam! E essa crença, segundo Nietzche, tornava a vida religiosa dos gregos antigos bastante próxima dos embates da vida cotidiana. O mesmo nào pensa o filósofo sobre o cristianismo. Diz Nietzche: "o cristianismo, por sua vez, esmagou e alquebrou completamente o homem, e o mergulhou como que em um profundo lamaçal" (p. 103). Isso porque, segundo o autor, o cristianismo fez duas coisas "ruins" para a humanidade: separou Deus dos homens (Deus mora no "céu" e é invisível) e plantou o sentimento de culpa em todos os cristãos (cultuamos Jesus crucificado na cruz, nào o Jesus vivo), fazendo todos nós nos sentirmos pecadores por toda a vida.
Hum. Dá o que pensar, não?

Serviço: para ler trechos de obras de Nietzche, clique aqui e, para conhecer a sua biografia, clique aqui.

cócegas....

Para fazer cócegas numa risonha rapariga, clique aqui.
Escolha o idioma, espere a página carregar e verás o ponteiro do seu mouse se transformar numa delicada pena de pássaro. Faça a mocinha rir e ria vc também!

sábado, 13 de maio de 2006

irmão pra valer

Ele é irmão da Juliana e amigo da Renata. Ele é corintiano. Ele entende de motores de automóveis e de como fazer um outdoor ser visto por todo mundo, mesmo que seja um instalado em beco de periferia.Ele tem cara de sério, parece sério, pensa que é sério, gosta que todos pensem isso, mas.... ele não é tão sério assim. Repare bem na foto... ele tá rindo!!!Ele é o Cristiano Zacarias, inteligentíssimo, nota 10 mesmo e, cuidado! não fale "bastante pouco" perto dele, que ele não vai gostar. Um abraço, Cristiano!

sexta-feira, 12 de maio de 2006

tomei uma decisão!!

Tomei uma decisão importante: a partir de agora os meus alunos estão desobrigados a apresentar seus trabalhos com capa, folha de rosto e folha traseira de proteção. Ou, melhor: estão PROIBIDOS de fazer isso.
O motivo é simples: a exigência desses adornos estéticos aos trabalhos bimestrais é UMA AFRONTA AO BOM SENSO ECOLÓGICO. Detalhe: essas folhas são geralmente inúteis, não acrescentando nada ao conteúdo dos trabalhos.
Há tempos venho pensando nisso. Mas, passado o período das provas e da insana e solitária semana de correção das mesmas, eu pude me convencer de quanto papel desnecessário foi se acumulando em minhas pastas e na minha escrivaninha por causa de algumas (inúteis) convenções acadêmicas.
Não tenho nada contra a ABNT e suas normas; nada contra as capas e folhas de rosto e nada também contra outros professores que as exigem.
Mas, quanto a mim, fica isto decidido, meus prezados alunos: NADA DE CAPA, FOLHA DE ROSTO E FOLHA DE PROTEÇÃO.
Calculando em cerca de 350 trabalhos bimestrais a mim enviados, esta minha decisão economizará nada menos do que 1.050 folhas de papel por mês!!! Ou, por ano, 4.200!!! Isto é, quase uma linda árvore de eucalipto.
E como os alunos devem proceder para entregar os trabalhos?
Simples: apenas fazendo um singelo cabeçalho, com o nome da sua faculdade, seu curso, sua série, seu nome e seu número. Pronto! depois escreve o título e etc....
Combinado, então?

quinta-feira, 11 de maio de 2006

no lo sé!

Termina aqui a pesquisa sobre o que os leitores do Pensamento Comum pensam sobre a recente treta Bolívia x Brasil. Foi a pesquisa menos votada até agora. Porque? Falta de interesse que não é, pois o tema chamou a atenção de todos. Será que o pessoal não viu a pesquisa no canto inferior do blog? Ah, sei lá! Aí vão os resultados:

Eu acho isso um absurdo! A Bolívia é nossa! 1
Bolívia? Onde fica isso? 0
Manda os Agulhas Negras explodirem a Bolívia e os Andes!!!! 0
Quero que o Arnaldo Jabor vá conversar com o Evo Morales. 0
Eu apóio! Abajo los imperialistas brasileños!!! 1
Sei lá. Meu carro é a álcool e meu fogão é a lenha. 0
Bueno. Evo Morales es un originario digno de Latino-America! Viva Zapata! Viva Che Guevara!! 0
Yo no lo se. 0
Como se vê pelos resultados acima, apenas dois leitores votaram (aposto que um desses votos é da Renata, rsss... mas outro não é meu!). Dá pra concluir alguma coisa? Hum. Acho que dá pra pensar o seguinte: nós podemos errar, mas nosso egocentrismo não admite que aceitemos nossos erros. Assim, até podemos concordar que Bush errou ao invadir o Iraque atrás de Petróleo. Mas se nós invadirmos a Bolívia atrás de gás, estaremos certo. Certo?
Pessoal!! votem nas pesquisas do Pensamento Comum e ajudem este que vos escreve a conhecer melhor seus leitores!!!

quarta-feira, 10 de maio de 2006

terça-feira, 9 de maio de 2006

doenças do viver

Aqui vai um serviço de utilidade pública. A lista que vai abaixo foi enviada pela Renata (aliás, para ver fotos de boa comida e gente legal, vá lá no blog dela!).


As doenças e suas origens emocionais:
AMIGDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.
ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo.
APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.
ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.
ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.
ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.
BRONQUITE: Ambiente família inflamado. Gritos, discussões.
CÂNCER: Magoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.
COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.
DERRAME: Resistência. Rejeição a vida.
DIABETES: Tristeza profunda.
DIARRÉIA: Medo, rejeição, fuga.
DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de autovalorização.
ENXAQUECA: Medos sexuais. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.
FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro.
FRIGIDEZ: Medo. Negação do prazer.
GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.
HEMORROIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado.
HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças.
INSONIA: Medo, culpa.
LABIRINTITE: Medo de não estar no controle.
MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio.
NÓDULOS: Ressentimento, frustação. Ego ferido.
PELE (ACNE): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.
PNEUMONIA: Desespero. Cansaço da vida.
PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.
PRESSÃO BAIXA: Falta de amor em criança. Derrotismo.
PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.
PULMÕES: Medo de absorver a vida.
QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução.
RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.
REUMATISMO: Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.
RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.
RINS: Crítica, desapontamento, fracasso.
SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.
TIROÍDE: Humilhação.
TUMORES: Alimentar mágoas. Acumular remorsos.
ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante.
VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.

segunda-feira, 8 de maio de 2006

dá pra repetir? (3)

O período de provas do primeiro bimestre terminou. E eu, depois de exatamente uma semana após a realização da última prova, consegui finalmente entregar todas elas corrigidas. Fiz a minha parte. Os alunos fizeram a deles. Cumprimos com nossa obrigação burocrática. Nada mais, nada menos.
Eu não acredito na maneira como as provas são realizadas. Mas, enfim, sou um voz pequena no meio de tanta gente que acredita que as coisas sempre foram assim e que serão assim até o fim dos dias. Amém.
Eu até me esforço para que as provas de meus alunos ocorram da melhor maneira possível, mas a força maior é para que elas sejam mesmo meramente burocrática.
Enfim...
Os alunos percebem a superficialidade das provas. Eles têm dificuldades em explicitar isso, mas que percebem, percebem. A maneira como respondem a isso é bem simples: fazem as provas com um tremendo pouco caso, no geral (há excessões!). Não se preocupam com a estética nem muito menos com a coerência de suas respostas. Frequentemente, a caligrafia é apressada, atravessando linhas e margens sem pudor algum. Muitas vezes, dão a prova por encerrada em menos de 30 minutos! É a maneira que eles têm de demonstrar o profundo desprezo pelo ensino superficialista que nós mesmos lhes proporcionamos!
Mea culpa! mea culpa!!
E tem também a questão da nota. Dar zero, nem pensar! E olha que, estritamente falando, a maioria das provas não dizem nada com nada e, portanto, estritamente falando mesmo, um zero até que lhes cairia bem.
Mas a questão é mais complexa, porque a nota escolar é um fenômeno social e dar zero ou mesmo um 4 ou 5, chega a ser humilhante para os alunos, que se envergonham disso com os demais colegas e familiares.
E não é isso o que eu quero. Eu quero que aprendam, se desenvolvam, gostem dos conteúdos que eu também aprendi a gostar, dominem teorias, aperfeiçoem o vocabulário, cultivem livros como se cultivam peixes nos aquários.
Bom, mas enquanto isso não se realiza plenamente, dá pra gente se divertir com algumas explicações estapafúrdias que a gente costuma encontrar nas provas. Aí vão alguns exemplos retirados da prova de Metodologia Científica deste bimestre:

Sobre o conhecimento humano:
"Desde seu ponto de vista de início do indivíduuo ao nascimento, se interage na sociedade de uma certa forma tendo que conviver com o uso de uma determinada forma de língua comum símbolisa pessoas, ações, sentimentos e relações humanas, com suas normas próprias para ser constituída.
Sobre o que é senso comum:

"Uma forma do solucionar os problemas da vida cotidiana, de uma maneira rápida e
explicativa sem profundas teorias exatas dos indivíduos qu se mantêm ligados à
apreensão sensível dos fenômenos."

Sobre o que é mito:
"O mito não só se deu origem do mundo, dos animais, das plantas e do homem, como
também significou no que o homem é hoje, um ser humano obrigado a trabalhar e a
conviver de acordo com regras propostas perante à sociedade."
Sobre.. ah, sei lá!

"O homem em sua primeira impressão perante a realidade não é exato, mas com
relações com a natureza e outros indivíduos, para demonstrar o seu caráter
derivado da reflexão filosófica."

sábado, 6 de maio de 2006

alô? Espanha? dá pra mandar meu dinheiro de volta?

Foram os seguintes os votos sobre se meus leitores protestariam contra a Empresa Telefonica (sem acento no "o"):
sim! eu detesto a Telefônica 2
não! eu estou satisfeito com a Telefônica 0
acho isso uma perda de tempo 0
isso é coisa de subversivo! 0
claro! ficaria até uma semana sem usar telefone 0
não, mas apóio quem protestar 1
porque protestar? as tarifas e os serviços da Telefônica são excelentes! 0
como é que faz pra protestar? 0
vamos fazer isso logo!!! 1
vou perguntar para o meu pai 0

Tivemos 4 heróicos votantes! Obrigado, amigos.
2 que dizem detestar a Telefonica, 1 que diz apoiar de longe e um outro, mais afoito, que diz querer que os protestos comecem logo.
Eu votaria no, claro, ficaria até uma semana sem usar o fone (embora isso seja difícil para mim, dada a minha profissão).

Porque fiz essa pesquisa? É porque acho realmente abusivas as tarifas praticadas pela espanhola Telefonica, a qual, além de tudo, ainda tem a cara de pau de não acentuar o seu nome em português.
Assim, só me resta exclamar, em nome de meus queridos leitores:
LULA!!! NACIONALIZA A TELEFÔNICA E APROVEITA E BOTA UM ACENTO NO 'O' DOS ESPANHÓIS!!!!!

quinta-feira, 4 de maio de 2006

O petróleo é nosso. Mas o gás é boliviano.

A célebre frase de Getúlio Vargas e Monteiro Lobato não vale para o gás que vem da Bolivía. Confesso que meu orgulho brasileiro ficou ofendido quando ouvi a notícia da nacionalização dos recursos naturais bolivianos decretada pelo presidente Evo Morales. Passado o susto, lembrei de velhas traumas latino-americanos, como massacre de índios, colonização espanhola, imperialismo yanque, fome, doenças e miséria. Aí, pensei bem (meus neurônios demoram, mas acabam funcionando) e disse com meus botões: puxa! que legal, finalmente um presidente que vai preservar os interesses daquele povo sofrido que é o boliviano. Viva Evo Morales! Viva Hugo Chaves! Viva Fidel!! Meus ímpetos comunistas brilham de felicidade e júbilo.
Eu sei que essas palavras de ordem soam anacrônicas no Brasil pós-FHC. Soam anacrônicas no Brasil que privatizou tudo o que podia ser privatizado, que deu dinheiro para estranjeiros comprarem empresas brasileiras e que continua financiando empresários falidos. E soa mais estranho ainda quando a classe média brasileira, de celular na mão e internet em casa, se sente mais do que nunca integrada ao mercado consumidor mundial.
Mas, crianças, calma lá! coloquem-se no lugar daquele índio esfomeado boliviano: vc gostaria de saber que o que sai do chão da sua terra natal pertence a outro país? Que um outro país fica rico enquanto vc fica pobre? Que algum político corrupto do seu país vende os recursos naturais da sua terra para uma nação estrangeira?
Pois é, tenho certeza que, se vc fosse boliviano, vc estaria agora idolatrando Evo Morales.
Eu não sou boliviano, mas o apóio totalmente.
Estou ouvindo agora o Jornal da Globo. O locutor faz cara feia e diz palavras cínicas sobre a atitude "pacífica" do Lula em relação à Bolívia. Uau! a Globo tá afim mesmo de difamar o Lula, querendo insinuar que o que está acontecendo hoje é fruto de uma gestão "fraca" e "incompetente". De certo, a Globo queria ver os "marines" tupiniquins bombardeando a Bolívia. Ora...
Para ajudar meus leitores a entender melhor a questão e o papel da mídia neste momento, vão a seguir alguns trechos de artigo publicado pela Agência Carta Maior:



Lei boliviana desmente cobertura da mídia brasileira
Por Gilberto Maringoni*
A maior parte da imprensa brasileira não pensou muito. Saiu logo atirando: “Brasil cria corvos na América do Sul” (Eliane Cantanhede) “, “Adiós Petrobrás” (manchete do Diário do Comércio), “Despreparo e improvisação” (Miriam Leitão) e “Golpe letal” (editorial do Estado de S. Paulo). Tudo leva a crer que estamos diante de uma declaração de guerra e da desapropriação unilateral de bens e propriedades do Brasil. Vigorou mais a bílis do que a racionalidade jornalística. Um exame detalhado no Decreto Supremo, assinado pelo presidente da Bolívia, nem de longe aponta para algo semelhante. “O que Evo Morales propõe não é arresto dos bens e ativos da companhia, mas uma repartição mais vantajosa nos royalties do gás”, aponta Fernando Siqueira, diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet). “Essa é uma promessa de campanha. Se a Petrobrás tiver cabeça fria e competência para negociar, não haverá problemas maiores. O Brasil é o melhor mercado para o gás boliviano”, completa ele.
(...)
FHC provoca prejuízo
“A reação da imprensa deveria ter ocorrido quando a Petrobrás assinou contratos de gás com a Bolívia”, aponta Fernando Siqueira. Segundo ele, “Por pressão de FHC, ela assumiu o gasoduto boliviano, quando ainda não existia aqui mercado para o gás. Durante cinco anos, a empresa importou 18 milhões de metros cúbicos do produto e pagou por 25 milhões, pois a atividade era anti econômica”. Não era exatamente à Bolívia que os pagamentos eram feitos. Os destinatários eram as empresas Total (França), Repsol (Espanha), Amaco (EUA) e Enron (EUA). Elas exploravam, em 1998, reservas de 400 milhões de metros cúbicos e pressionaram o Brasil a mudar sua matriz energética hídrica, criando assim mercado para o gás. “A Petrobrás fez um contrato absurdo e ninguém reclamou porque ela era 90% estatal”, ressalta Siqueira. As possíveis perdas são, seguramente, menores do que as do contrato firmado no governo tucano, assegura. Na época, a empresa assumiu o risco cambial e uma série de outras incertezas. “O que acontece hoje? FHC vendeu cerca de 40% do capital em Wall Street e mais 19% foi para gente como Benjamin Steinbruch e Daniel Dantas. O Estado detém apenas 32% da empresa, embora tenha a maioria dos votos”, diz ele. Os acionistas privados agora pressionam o governo e a imprensa, resultando nessa grita toda.

segunda-feira, 1 de maio de 2006

fui pra galera!

depois de anseios e receios, acabei por abraçar uma nova causa: a comunidade Itapetininga para todos. Trata-se de uma comunidade no orkut destinada a discutir a política e a sociedade que existem sob este céu que paira sobre nós, itapetininganos.
Sinto (e temo) que isso irá me dar uma exposição popular que eu sinceramente dispensaria. Mas é como se isso fosse um chamado, um destino inescapável. Daí que me tornei um dos criadores e o primeiro Moderador da comunidade.
Boa sorte a nós! bom senso a mim! Que fiquem longe os selvagens e os estúpidos! Vou fechar o meu corpo! pé-de-pato-três-veis! arreia! arriba!!
é... estou me benzendo porque sei do churume de maldade que anda pelos esgotos dessa cidade.
ave!!!

Homenagem à "Graúna", do Henfil

No final da década de 1970, eu era apenas um adolescente curioso quando, por acaso, frequentando a banca de jornais da rodoviária de Itapeti...