terça-feira, 3 de junho de 2008

não cabem

Iguape, cidade colonial.

Asfalto da estrada para Icapara (mais 18 km de terra...), distrito de Iguape.

O céu maior que a cidade (Itapetininga).


Cabeça de negro em argila queimada. A mão é do Iéio.



Portão que esqueceram aberto. Em algum sítio de Itapetininga.


A Lua sobre as nuvens e sobre o meu telhado.



Cheirando para conhecer.


Lambendo para gostar (ou não).


Roubei sua foto. Ou terá sido ela que me capturou?
Com seu cheiro de terra e de roupa molhada, conduziu-me às manhãs agitadas pelo trabalho de cuidar. Janelas abertas, vassouras, torneiras, fogão.
A água anil na bacia e as roupas estendidas na corda suspensa por varas de bambu.
A poeira contra o sol e o cheiro de feijão. O rádio ligado. Mãos.
As tardes eram mornas e silenciosas.
Cheiravam à cera vermelha, a pão, fruta e café. Casa limpa, janelas fechadas. Dentro.
Fora, o lidar de criança. Parreira de uva. Galinhas ciscando soltas. O chão de tijolo aquecido pelo sol e, nos vãos, o mato. Encosto o rosto no chão, que me afaga. Intimidade com a vida e com a terra. Jardins profusos, misturados, coleções desorganizadas de cores e perfumes. Sopro a flor e acompanho, feliz, aquelas nuvenzinhas que voam.
(roubeu seu texto, Nazaré)
Botões de dente de leão.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Homenagem à "Graúna", do Henfil

No final da década de 1970, eu era apenas um adolescente curioso quando, por acaso, frequentando a banca de jornais da rodoviária de Itapeti...