quinta-feira, 29 de novembro de 2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
tempos difíceis para o Planeta
" As atuais formas globais de produção, consumo e mercado causaram uma destruição massiva do meio ambiente, incluindo o aquecimento global, que está colocando em risco os ecossistemas de nosso planeta e levando as comunidades humanas rumo aos desastres. O aquecimento global mostra o fracasso do modelo de desenvolvimento baseado no consumo de energia fóssil, na superprodução e no livre comércio.
(...)
As mudanças nas estações trazem consigo secas pouco usuais, inundações e tormentas, destruindo terras de cultivo e casas dos camponeses. Ainda mais, as espécies animais e vegetais estão desaparecendo num ritmo sem precedentes.
Os camponeses têm que se adaptar aos novos padrões climáticos, adaptando suas sementes e seus sistemas de produção habituais a uma nova situação, que é imprevisível. As secas e inundações estão conduzindo ao fracasso as colheitas, aumentando o número de pessoas famintas no mundo.
Há estudos que prevêem um decrescimento da produção agrícola global numa escala que varia de 3 a 16% para o ano 2008. Nas regiões tropicais, o aquecimento global conduzirá, muito provavelmente, a um grave declínio da agricultura (mais de 50% em Senegal e mais de 40% em Índia), e à aceleração da desertificação de terras de cultivo. Por outro lado, enormes áreas na Rússia e Canadá se tornarão cultiváveis pela primeira vez na história humana, mas ainda se desconhece como estas regiões poderão ser cultivadas.
A produção e o consumo industrial de alimento estão contribuindo de forma significativa para o aquecimento e a destruição de comunidades rurais. O transporte intercontinental de alimento, a monocultura intensiva, a destruição de terras e bosques e o uso de insumos químicos na agricultura estão transformando a agricultura em consumidor de energia e contribuindo para a mudança climática.
Os camponeses e camponesas de todo o mundo unem suas mãos com outros movimentos sociais, organizações, pessoas e comunidades em defesa de transformações sociais, econômicas e políticas radicais para inverter a tendência atual. Os camponeses, especialmente os pequenos produtores, são os primeiros a sofrer os impactos das mudanças climáticas.
As mudanças nas estações trazem consigo secas pouco usuais, inundações e tormentas, destruindo terras de cultivo e casas dos camponeses. Ainda mais, as espécies animais e vegetais estão desaparecendo num ritmo sem precedentes.
Os camponeses têm que se adaptar aos novos padrões climáticos, adaptando suas sementes e seus sistemas de produção habituais a uma nova situação, que é imprevisível. As secas e inundações estão conduzindo ao fracasso as colheitas, aumentando o número de pessoas famintas no mundo.
Há estudos que prevêem um decrescimento da produção agrícola global numa escala que varia de 3 a 16% para o ano 2008. Nas regiões tropicais, o aquecimento global conduzirá, muito provavelmente, a um grave declínio da agricultura (mais de 50% em Senegal e mais de 40% em Índia), e à aceleração da desertificação de terras de cultivo. Por outro lado, enormes áreas na Rússia e Canadá se tornarão cultiváveis pela primeira vez na história humana, mas ainda se desconhece como estas regiões poderão ser cultivadas.
A produção e o consumo industrial de alimento estão contribuindo de forma significativa para o aquecimento e a destruição de comunidades rurais. O transporte intercontinental de alimento, a monocultura intensiva, a destruição de terras e bosques e o uso de insumos químicos na agricultura estão transformando a agricultura em consumidor de energia e contribuindo para a mudança climática.
Sob as políticas neoliberais impostas pela Organização Mundial do Comercio (OMC), bem como pelo Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), os acordos de livre comércio bilaterais, a comida se produz com pesticidas derivados do petróleo e fertilizantes, e são transportadas para todo o mundo para a sua transformação e consumo.
A Via Campesina, um movimento que reúne milhões de camponeses e produtores de todo o mundo, declara que é tempo de mudar de forma radical a forma de produzir, transformar, comercializar e consumir alimentos e produtos agrícolas. Acreditamos que a agricultura sustentável em pequena escala e o consumo local de alimentos vai inverter a devastação atual e sustentar milhões de famílias camponesas. A agricultura também pode contribuir para o esfriamento da terra utilizando práticas agrícolas que reduzam a emissão de CO2 e o uso de energia por parte dos camponeses.
Por outro lado, os camponeses também podem contribuir na produção de energia renovável, especialmente por meio da energia solar e o biogás. A agricultura globalizada e a agricultura industrializada geram o aquecimento global pelos seguintes pontos:
1) Por transportar alimentos por todo o mundo
Transportam-se alimentos frescos e empacotados por todo o mundo e, atualmente, não é raro encontrar nos Estados Unidos ou na Europa, frutas, verduras, carne e vinho provenientes da África, América do Sul ou Oceania; também encontramos arroz asiático na América ou na África.
Os combustíveis fósseis usados para o transporte de alimento estão liberando toneladas de CO2 para a atmosfera. A organização de camponeses suíços, a UNITERRE, calculou que um quilo de aspargos importados do México necessita 5 litros de petróleo para viajar por via aérea (11.800 quilômetros) até a Suíça. No entanto, um quilo de aspargo produzido em Genebra necessita somente 0,3 litros de petróleo para chegar até o consumidor.
2) Pela imposição de meios industriais de produção (mecanização, intensificação do uso de agro-químicos, monocultivo)
A chamada agricultura moderna, especialmente a monocultura industrial, está destruindo os processos naturais do solo (o que conduz a uma presença de CO2 na matéria) e substitui por processos químicos baseados em fertilizantes e pesticidas.
Por conta, acima de tudo, do uso de fertilizantes químicos, da criação intensiva de gado e da monocultura, se produz um volume significativo de óxido nitroso (NO2), o terceiro gás de efeito invernadeiro com maior efeito sobre o aquecimento global. Na Europa, 40% da energia consumida nas explorações agrárias se deve à produção de fertilizantes nitrogenados.
Por sua vez, a produção agrária industrial consome muito mais energia (e libera mais CO2) para mover seus tratores gigantescos para cultivar a terra e processar a comida.
3) Por destruir a biodiversidade (e sumideiros de carbono)
O ciclo do carbono tem sido parte da estabilidade do clima durante milhões de anos. As empresas do agronegócio destruíram este equilíbrio pela imposição generalizada da agricultura química (com uso massivo de pesticidas e fertilizantes procedentes do petróleo), com a queima de bosques para plantações de monocultivo e destruindo as terras pantanosas e a biodiversidade.
4) Conversão da terra e os bosques em áreas não agrícolas
Bosques, pastagens e terras cultiváveis estão sendo convertidos rapidamente em áreas de produção agrícola industrial, em centros comerciais, complexos industriais, grandes casas e em grandes projetos de infra-estrutura ou em complexos turísticos. Estas mudanças causam a liberação massiva de carbono e reduzem a capacidade do meio ambiente absorver o carbono liberado na atmosfera.
5) Transformação da agricultura de produtora em consumidora de energia
Em termos energéticos, o primeiro papel das plantas e da agricultura é transformar a energia solar na energia contida nos açucares e celuloses que podem ser diretamente absorvidas na comida ou transformadas em produtos de origem animal. Esse processo é natural e gera energia na cadeia alimentar.
Não obstante, a industrialização do processo agrícola nos conduziu, nos últimos\n 200 anos, a uma agricultura que consome energia (usando tratores,\n agro-químicos derivados do petróleo, fertilizantes).
Falsas soluções
Os agrocombustíveis (combustíveis produzidos a partir de plantas e árvores) se apresentaram muitas vezes como uma solução para a atual crise energética. Segundo o protocolo de Kyoto, 20% do consumo global de energia deveriam provir de recursos renováveis até 2020 - e isto inclui os agrocombustíveis.
No entanto, deixando de lado a loucura de produzir comida para alimentar os automóveis enquanto muitos seres humanos estão morrendo de fome, a produção industrial de agrocombustíveis vai aumentar o aquecimento global, em vez de proporcionar a redução.
Em troca de uma pequena mudança ainda não comprovada (com exceção da cana-de-açúcar) de alguns gases de efeito invernadeiro comparado com os combustíveis fósseis, a produção da monocultura de palma, soja, milho ou cana-de-açúcar vai contribuir no desflorestamento e na destruição da biodiversidade. A produção intensiva de agrocombustíveis não é uma solução para o aquecimento global nem resolverá a crise global no setor agrícola.
O comércio de carbono
No protocolo de Kyoto e outros planos internacionais, o “comércio de carbono” tem se apresentado como uma solução para o aquecimento global. É uma privatização do carbono posterior à privatização da terra, ar, sementes, água e outros recursos.
Permite que governos assinem licenças com grandes contaminadores industriais de modo\n que possam comprar o “direito de contaminar” entre eles mesmos. Alguns outros programas fomentam que países industrializados financiem vertedouros baratos de carbono tais como plantações em grande escala no Sul, como uma forma de evitar a redução das suas próprias emissões.
Dessa maneira, estão sendo criadas grandes plantações ou áreas naturais de conservação na Ásia, África e América Latina, expulsando comunidades de suas terras e reduzindo o direito de acesso aos próprios bosques, campos e rios.
Cultivos e árvores transgênicas
Atualmente estão sendo desenvolvidas árvores e cultivos transgênicos para agrocombustíveis. Os organismos geneticamente modificados não resolverão nenhuma crise do meio ambiente sem que os mesmos coloquem em risco o meio ambiente, bem como a saúde e a segurança alimentar. Essas árvores e cultivos transgênicos formam parte da “segunda geração” de agrocombustíveis baseados na celulose, enquanto que a primeira geração se baseia em diferentes formas de açúcar das plantas. Ainda, nos casos nos quais não se usam variedades transgênicas, a “segunda geração” apresenta os mesmos problemas que a geração anterior.
A Soberania Alimentar proporciona meios de subsistência a milhões de pessoas e protege a vida na terra.
A Via Campesina acredita que as soluções para a atual crise têm que surgir de atores sociais organizados, que estão desenvolvendo modelos de produção, comércio e consumo baseados na justiça, na solidariedade e em comunidades saudáveis. Nenhuma solução tecnológica vai resolver o desastre social e do meio ambiente. Somente uma mudança radical na forma como produzimos, comercializamos e consumimos pode dar terras para comunidades rurais e urbanas saudáveis. A agricultura sustentável em pequena escala, um trabalho intensivo e de pouco consumo de energia podem contribuir para o resfriamento da terra:
- Assumindo mais CO2 no solo, de maneira orgânica, através da produção sustentável (a produção extensiva de vacas e ovelhas em pastagens tem um balanço positivo de gás invernadeiro).
- Substituição dos fertilizantes nitrogenados pela agricultura ecológica e ou cultivando proteaginosas que capturam nitrogênio diretamente do ar.
- Produção de biogás de resíduos animais e vegetais, com a condição de manter suficiente matéria orgânica no solo.Em todo o mundo, praticamos e defendemos a agricultura familiar e sustentável e em pequena escala, e exigimos soberania alimentar. A soberania alimentar é o direito das pessoas aos alimentos saudáveis e culturalmente apropriados, produzidos através de métodos sustentáveis e saudáveis, e seu direito a definir seus próprios alimentos e sistemas de agricultura. Colocamos no fundamento dos sistemas e das políticas alimentares as aspirações e necessidades daqueles que produzem, distribuem e consomem alimento, no lugar das demandas dos mercados e das transnacionais.
A soberania alimentar dá prioridade às economias e mercados locais e nacionais, dando poder a camponeses e pequenos agricultores, aos pescadores tradicionais, aos pastores e à produção, distribuição e consumo de alimentos baseados na sustentabilidade ambiental, social e econômica.
Exigimos urgentemente aos encarregados de tomar decisões locais, nacionais e internacionais:
1) O desmantelamento completo das companhias de agrocombustíveis. Estão despojando aos pequenos produtores de suas terras, produzindo lixo e criando desastres ambientais.
2) A substituição da agricultura industrializada pela agricultura sustentável em pequena escala, apoiada por verdadeiros programas de reforma agrária.
3) A promoção de políticas energéticas sensatas e sustentáveis. Isto inclui o consumo de menor energia e a produção de energia solar e biogás pelos camponeses em lugar da promoção em grande escala da produção de agrocombustíveis, como é o caso atual.
4) A implementação de políticas de agricultura e comércio em nível local, nacional e internacional, dando suporte à agricultura sustentável e ao consumo de alimentos locais. Isto inclui a abolição total dos subsídios que levam ao dumping (competição desleal) de comida barata nos mercados de exportação e o dumping de comida barata em mercados nacionais.Pelos meios de subsistência de milhões de pequenos produtores de todo o mundo, pela saúde das pessoas e pela sobrevivência do planeta: exigimos soberania alimentar e nos comprometemos a lutar de forma coletiva para consegui-la. "
VIA CAMPESINA INTERNACIONAL
(Tradução do espanhol: Daniel S. Pereira – São Paulo/SP - in: http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=4542)
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
do contra
Minha vocação para ser do contra não tem limites.
Sexta-feira passada estive numa reunião promovida pela Divisão de Florestas e Estações Experimentais do Instituto Florestal do Estado de São Paulo, que reuniu gente graúda - "só diretoria", como costumam dizer os plebeus - que atua na gestão das reservas florestais do nosso Estado. Meu irmão também esteve lá, o secretário municipal do Meio Rural, o diretor da Casa da Agricultura Municipalizada de Itapetininga, além dos diretores das Estações Experimentais e Parques Ecológicos de Angatuba, Porto Ferreira, Avaré, Itararé, Itapeva, Bauru e professores da FAtec de Itapetininga - eu, entre eles.
O tema da reunião foi "ensino e pesquisa: uma parceria possível", cujo objetivo, pelo que entendi, é tornar essa entidade pública - o Instituto Florestal e seu considerável patrimônio ambiental - mais aberto aos estudos e pesquisas promovidas pelas faculdades. Daí a razão do convite à FATEC.
Bom, tudo ia bem até o momento em que fui convidado a me manifestar.
E o que que eu poderia falar? De ecologia, claro - pelo menos era o que eu achava o mais adequado para aquela reunião e aquele público.
E aí que depois de dizer que meu papel na Fatec é promover a formação de profissionais do Agronegócio que tenham uma visão "ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente solidária" - meu chavão predileto desde que virei professor da FATEC -, eu acabei falando "mal" do Agronegócio, dizendo que esse termo, em plena era do aquecimento global, de eminente colapso ambiental, é um nome infeliz, pois carrega o peso da atitude capitalista para com a natureza, que transforma tudo em mero produto, comércio e lucro. E disse mais: que o mais adequado, já que não podemos fugir a uma sociedade regulada pelo comércio, é que o termo agronegócio seja trocado por alguma coisa como "agroECOnegócios", um termo que explicita melhor o imperativo ambiental sobre toda prática comercial agrícola.
Depois de falar, observei várias expressões de concordãncia com as minhas opiniões - o que não é de se estranhar, claro, pois acho que não falei nada além do óbvio e do que o bom senso dita.
Mas qual não foi minha surpresa quando uma pessoa dos presentes resolveu fazer uma fala retomando justamente essas minhas afirmações, fazendo uma espécie de censura, dizendo que o termo Agronegócio é sim um termo adequado e q não haveria necessidade de maiores preocupações nem maiores debates sobre o tema pois todo agronegócio hoje já pressupõe o respeito ao meio ambiente, ou pelo menos deveria pressupor.
Uauaauauau. Puxa, eu realmente não estava preparado para uma controvérsia.
Me senti na obrigação em reafirmar minhas idéias, não só por orgulho próprio, mas principalmente por acreditar que a ecologia deve ser o princípio de tudo, inclusive para os propósitos da reunião, que é o estabelecimento de parceria para pesquisa entre faculdade e Instituto Florestal, duas entidades públicas, mantidas pelo Governo do Estado de São Paulo.
Sou um cara educado, que não gosta de polemizar (por incrível que pareça!) .
Acabei dizendo que a questão ambiental é grave sim e que devemos ter cuidado com as palavras que usamos pois elas traduzem nossas concepções e atitudes. E que, se eu estava me referindo a necessidade de adotar uma nova palavra para designar o trabalho dos que vivem da produção e do comércio agrícola, era justamente para defender a necessidade de transformação dessas concepões e atitudes, que já se mostraram bastante negativas, conforme qualquer um pode comprovar bastando observar as mudanças climáticas que ocorrem ao longo de um dia qualquer de nossas vidas.
Acho que a pessoa não prestou muita importância para esse meu argumento (muito tosco, por sinal), e acabou encerrando a discussão contando uma espécie de "anedota", tipo: "quando a gente fala para uma criança do Paraná que vamos cortar uma árvore, ela fica feliz porque sabe que aquela árvore vai virar madeira para a sua carteira escolar ou para a sua cama. Mas aqui em São Paulo quando a gente fala a mesma coisa para uma criança, o que é que ela diz? Diz que vai procurar a Promotoria e denunciar para a imprensa o corte daquela árvore!"
Achei melhor ficar calado, embora constrangido.
Claro, eu é que não quero ser motivo para justificar qualquer desavença entre o Instituto Florestal e a Fatec (vixe, logo eu?!), e por isso achei melhor me dirigir pessoalmente, em reservado, ao final da reunião, para essa pessoa que sinceramente me pareceu ser realmente "do bem", apenas um pouco estressada e disse a ela qualquer coisa como: "olha, não quero que vc pense que sou ingênuo o bastante para tratar a questão ambiental como um mero problema de se cortar ou não uma árvore de calçada. E tb sei que o senhor tb não é ingênuo para acreditar que o agronegócio, tal como é desenvolvido no Brasil e no mundo, seja ele 100% respeitoso com o ambiente, se nem mesmo respeita os direitos trabalhistas dos bóias-frias".
"Ah, sim, é claro, é claro" ele resondeu. "Interpretei errado." Ok, sem problemas, eu respondi.
E assim foi...
E é isso aí. Eu consigo ser do contra até em reunião de diretores de reservas florestais.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
A Hospedaria de Imigrantes "Ilha das Flores"
A Hospedaria de Imigrantes "Ilha das Flores" foi um complexo alojamento construído na Baia da Guanabara, RJ, em algum ano do início do século passado, destinado a receber por tempo determinado os imigrantes europeus e asiáticos que chegavam ao Brasil pelo porto do Rio de Janeiro. A Hospedaria era criação da "Diretoria de Serviço de Povoamento", uma repartição pública do Governo brasileiro responsável pela recepção dos imigrantes europeus e seu encaminhamento para alguma região do Brasil. No documento de onde sairam as fotos que vão neste texto, também é feita referência à doação de terras aos imigrantes europeus, na época chamados colonos, um aspecto bastante significativo se vc lembrar que o Governo brasileiro não agiu com essa mesma generosidade com os povos nativos do Brasil - nossos índios - tendo demorando séculos para reconhecer o seu direito original de propriedade.
Como sou um leigo sobre a história da imigração européia ao Brasil, o que posso acrescentar além disso é bem pouco.

As fotos foram retiradas do Relatório do Serviço de Povoamento de 1908, cujo exemplar me foi apresentado pelo amigo Marco Aurélio Matarazzo Carreira, o Iéio.
Não encontrei lista com os nomes dos imigrantes que estiveram lá hospedados nesse período. Embora o relatório possua inúmeras informações relevantes sobre o movimento dos imigrantes que chegaram ao Brasil em 1908 (como o país de origem, tempo de permanência na Hospedaria, local para onde foram assentados, número de familiares e profissão) o Relatório não registra o nome pessoal nem o familiar dos imigrantes que por lá passaram - e, portanto, o Relatório que estou aqui divulgando, não serve como fonte de pesquisa para localização de pessoas específicas.
Não encontrei lista com os nomes dos imigrantes que estiveram lá hospedados nesse período. Embora o relatório possua inúmeras informações relevantes sobre o movimento dos imigrantes que chegaram ao Brasil em 1908 (como o país de origem, tempo de permanência na Hospedaria, local para onde foram assentados, número de familiares e profissão) o Relatório não registra o nome pessoal nem o familiar dos imigrantes que por lá passaram - e, portanto, o Relatório que estou aqui divulgando, não serve como fonte de pesquisa para localização de pessoas específicas.


Panorâmica da Ilha das Flores (RJ)

Crianças e jovens imigrantes. Detalhe para o desenho da suástica no canto inferior esquerdo da foto.

Para chegar lá era necessário atravessar a água do mar.


Prédio principal da Hospedaria dos Imigrantes na Ilha das Flores da Baia da Guanabara (RJ).

Núcleo de povoamento de imigrantes.
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Homenagem à "Graúna", do Henfil
No final da década de 1970, eu era apenas um adolescente curioso quando, por acaso, frequentando a banca de jornais da rodoviária de Itapeti...

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O paradoxo da espera do ônibus é um curta metragem sobre o paradoxo da espera, isto é, sobre o fato de quanto mais se espera, menos, paradox...
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Fac-símile da capa. O Diário, número 200. Quarta-feira, 15 de setembro de 1915.