quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

purificar o poder

Quero repetir aqui, para os leitores do Pensamento Comum, trechos da mensagem que o senador Cristóvão Buarque (votei nele no primeiro turno) escreveu para saudar 2007.

Sua mensagem é dirigida aos ocupantes do poder estatal brasileiro: legislativo, executivo e judiciário.

A mensagem tem como título "tempestade de purificação":



Final de ano é tempo de manifestar desejos.

O meu para o próximo ano: uma tempestade de purificação sobre o Brasil.

(...)

Sobretudo nós, que ocupamos cargos de liderança pública, nos Três Poderes, precisamos de purificação.

Nós, os parlamentares, precisamos sair do corporativismo e do imediatismo com que exercemos nossos cargos, descobrir o compromisso com o Brasil e com o futuro; adquirir sensibilidade para não ofender o público com mensalão, sanguessuga ou aumentos salariais que chocam a opinião pública, tiram legitimidade do nosso trabalho e desmoralizam a democracia.

O Executivo precisa de purificação: saber o que acontece ao seu redor e não deixar que a corrupção se entranhe; saber que não foi eleito apenas para fazer acordos que lhe permitam continuar no poder, nem para manipular a opinião pública com projetos que não mudam a cara do Brasil; perceber que suas ações e omissões estão nos deixando para trás em relação ao resto do mundo; saber que a História é que vai julgar o governo pelos resultados concretos no cumprimento das suas promessas; entender que o Brasil precisa de uma virada histórica para um futuro diferente, sintonizado com o século em que vivemos.

O Judiciário precisa sair dos ziguezagues de suas decisões tomadas conforme as pressões e as afinidades do momento ou com base na competência de advogados contratados pelos ricos; demonstrar que está mais preocupado com a imparcialidade de suas decisões que afetam o cidadão e o país, e menos preocupado com os seus benefícios pessoais.

A tempestade de purificação é para quebrar os pecados do egoísmo de cada classe e corporação, o imediatismo de cada pessoa, a corrupção não apenas no comportamento, mas também nas prioridades, eliminar o gosto de ser enganado e enganar; acabar com o descompromisso das decisões tomadas sem espírito público, sem sentimento de nação; eliminar a hipocrisia com que comemoramos pequenos avanços, enquanto a desigualdade se amplia dentro de nossa sociedade e o atraso se consolida diante dos demais países do mundo.



Para ler a mensagem na íntegra, aperte aqui.

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